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quarta-feira, 19 de março de 2014

Erro de pesquisa no Google leva americano a ser perseguido como bombista

Todos nós reconhecemos que a internet sem o Google não seria a mesma coisa. Larry Page e Sergey Brin revolucionaram o mundo da internet. Pois, mas não foi só isso que revolucionaram.
Que o diga Jeffrey Kantor, um homem que trabalhava para o governo americano e que viu a sua vida mudar de um momento para o outro. Tudo porque, umas semanas antes do aniversário do filho e pensando num presente para lhe oferecer, usou o motor de busca Google para pesquisar por ‘How do I build a radio-controlled airplane’ algo como “Como construir ao avião telecomandado”. Como sabemos o Google tem a função autocomplete (autocompletar) e mal o americano escreveu How do I build a radio-controlled  o Google sugeriu logo  ‘how do I build a radio controlled bomb’, algo como ”Como construir uma bomba telecomandada”. Sem se aperceber da sugestão “malévola” o homem carregou no Pesquisar. Não reparou que a função autocompletar da pesquisa Google, havia completado “bomb” (bomba) em vez de “airplane” (avião).
Foi o fim do seu sossego. Desde então, Kantor ficou sob vigilância constante, com todos os seus movimentos físicos e virtuais rigidamente controlados pelo governo, pensando que ele era um potencial bombista.
Ele recorreu à Justiça, dizendo ser regularmente visitado por dois investigadores federais, que o tem ameaçado com observações anti-semitas. O recorrente alega também que, depois de sofrer assédio moral de superiores e colegas, incluindo ameaças de morte, foi demitido da empresa onde trabalhava a Appian Corporation.
Kantor agora pede uma indemnização de cerca de US$ 58,8 milhões de dólares (cerca de 42 milhões de €) por danos de vários tipos. Acresce ainda uma providência cautelar para que o Estado pare de imediato de o espiar.
Jeffrey Kantor iniciou o processo contra a empresa que o despediu, alegadamente por causa da busca no Google, a Appian Corporation. Mas para além da empresa Kanror tem demandado uma série de funcionários do governo – incluindo o procurador-geral Eric Holder, o diretor dos Serviços de Inteligência dos EUA James Clapper, o diretor da CIA, John Brennan, o secretário de Defesa Chuck Hagel e o secretário de Estado John Kerry .